A "pré-Bossa Nova" de Dick Farney |
Dick Farney - Nick Bar
Dick Farney - Copacabana
Reza a lenda" que João Gilberto admirava muito a respiração de Dick Farney, que já cantava uma espécie de "pré-bossa nova". E, mesmo fumando dois maços de cigarros por dia, tinha uma técnica muito especial, em termos de respiração. Sinatra, claro, era o guru maior. Ensinou ao mestre que ensinou ao professor. Talvez João Gilberto nem soubesse que Sinatra era mestre em respiração. Seus mestres eram mesmo os yogues indianos. O baiano era muito estranho! Com o nome de Farnésio Dutra cantor algum conseguiria ser conhecido, mesmo com o enorme charme que encantava as meninas, à época da Segunda Guerra Mundial.
Aos vinte e cinco anos foi para os Estados Unidos para tentar cantar e gravar em inglês, levando um contrato inicial de cinqüenta e duas semanas com a Cadeia de Radio NBC. E não é que deu certo? Gravou um grande sucesso da época: "Tenderly". Nos dois anos seguintes a Continental lançou outros sucessos, clássicos como "Ser ou não ser", "Marina" e "Esquece". Eram os anos 1947 e 1948, quando voltou para o Brasil - não sem antes ser elogiado pessoalmente pelo maior cantor do século: Francis Albert Sinatra. Como escreveu Ruy Castro, em relação a Frank Sinatra, ouso repetir a frase com relação a Dick Farney: "Não creio que o século vinte tenha fundos para resgatar sua dívida emocional para com Dick Farney". Ele emocionou milhões de corações com "Somos Dois", "Marina", "Copacabana", "Nick Bar", "Aeromoça", "Não tem Solução", "A saudade mata a gente", "Tereza da Praia", "Uma loira", "Um Cantinho e Você" e tantas outras belezas! |
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