quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lábios que Beijei (Mônica Salmaso)

Mônica Salmaso - Lábios que Beijei



LÁBIOS QUE EU BEIJEI (Valsa - 1937)
(J. Cascata e Leonel Azevedo)


Lábios que eu beijei 
Mãos que eu afaguei 
Numa noite de luar, assim, 
O mar na solidão bramia, 
E o vento a soluçar pedia 
Que fosses sincera para mim... 
Nada tu ouviste 
E, logo partiste, 
Para os braços de outro amor 
Eu fiquei chorando 
Minha mágoa cantando 
Sou a estatua perenal da dor. 
Passo os dias soluçando, 
Com meu pinho, 
Carpindo a minha dor sozinho, 
sem esperança de ve-la jamais 
Deus, tem compaixão deste infeliz 
Porque sofrer assim ? 
Compadecei-vos dos meus ais, 
Tua imagem permanece, imaculada 
Em minha retina cansada, 
De chorar por teu amor, 
Lábios que eu beijei
Mãos que eu afaguei, 
Volta, 
Dá lenitivo à minha dor... 
Tua imagem permanece, imaculada 
Em minha retina cansada, 
De chorar por teu amor, 
Lábios que eu beijei, 
Mãos que eu afaguei, 
Volta, 
Dá lenitivo à minha dor...

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