quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
As reuniões no apartamento de Nara Leão
NARA, SEU TALENTO, SUA VOZ E SEUS LINDOS JOELHOS. AS FAMOSAS REUNIÕES EM SEU APARTAMENTO.
Dr. Jairo Leão e sua mulher, dona Tinoca, eram do Espírito Santo, mas foi aqui no Rio que sua carreira de advogado teve êxito.
Tinham duas filhas: Danuza, a mais velha, e Nara, que nasceu em 19 de janeiro de 1942 e veio para o Rio aos dois anos. Tinha apenas quatorze quando a Bossa Nova entrou na sua vida. Era 1956.
A "Academia de Violão" recebeu uma nova aluna: Nara Lofego Leão. Ao contrário do pai de Menescal, o Dr. Jairo tinha uma outra opinião no que diz respeito ao famoso instrumento. Mesmo antes de existir a Academia, Nara já possuia um violão e um famoso professor: Patricio Teixeira, que dava aulas em sua casa. Levava nítida vantagem em relação às colegas de classe, claro.
Foi Ronaldo Bôscoli quem descobriu a beleza dos seus joelhos.
Escreve ele:
"Chegando lá, toquei a campainha e quem me recebeu foi a própria Nara. Estava de shortinho curto, deixando inteiramente a descoberto seus joelhos redondinhos, que foram objeto de muitas poesias, crônicas e suspiros gerais."
Nos últimos anos de 1950, trabalhava como repórter, num jornal do Rio. Estreou profissionalmente em 1963, cantando no musical "Pobre Menina Rica", de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra. Gravou duas faixas no disco de Carlos Lyra "Depois do Carnaval": "É tão triste dizer adeus" e "Promessas de você". No ano seguinte, em 1964, gravou seu primeiro LP: "Nara". Um disco muito polêmico, porque misturou Bossa Nova com samba de morro que "não tinha nada a ver".
No fim daquele ano gravou o famoso "Opinião" e participou do show-protesto. Como Carlos Lyra, Nara era o que se chamava uma cantora "politicamente engajada". Em 1965 convidou uma nova cantora, Maria Bethânia, para substituí-la no show. Tornou-se, assim, descobridora da famosa cantora baiana.
1966 foi um ano de grandes sucessos: "A Banda", de Chico Buarque e "Disparada" de Geraldo Vandré. "A Banda" dividiu com "Disparada" o primeiro lugar no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Sucesso fulminante. O compacto vendeu 55 mil cópias em apenas quatro dias.
Um tumor, localizado em seu cérebro, causou sua morte em 7de junho de 1989. Ela resistiu quase quatro anos.
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